Neuroestimulação medular é alternativa para dor crônica intratável na área ortopédica
- Dr. José Marcus Rotta
- 24 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de mai. de 2024
A medicina avança cada vez mais e explora caminhos que levam a cura definitiva de uma série de doenças. Dentre estes tratamentos está a neuroestimulação medular, tratamento comprovadamente seguro e eficaz para controle de dor crônica no pescoço, coluna torácica e lombar, braços, mãos, pernas e pés, segundo especialistas da área. Em Imperatriz, já existe o tratamento, que é feito numa clínica especializada em doenças relacionas à coluna.
De acordo com os especialistas da área ortopédica, as dores nesses locais podem se originar por distúrbios de nervos, problemas na coluna, distrofia simpático-reflexa, cirurgias prévias para outras doenças, entre outros.
O médico especialista em coluna, André Pagotto, ressalta que o tratamento através de neuroestimulação medular “é indicado apenas para os casos que não obtiveram melhora com outros tipos de tratamentos disponíveis, como por exemplo: medicações, fisioterapia, acupuntura, hidroterapia e cirurgia”.
Ainda conforme o especialista, 70 a 80% dos pacientes, apresentam uma melhora significativa com essa técnica. Dessa forma, a procura por um especialista no assunto é fundamental.

André Pagotto explica a forma como o tratamento é feito. Segundo ele, “o sistema chamado neuroestimulador medular é implantado no paciente, utilizando um eletrodo sobre a medula, (ligado a um dispositivo semelhante a um marca-passo, gerador que cabe na palma da mão). A técnica entrega estímulos leves sobre a medula e bloqueiam os impulsos de dor que seriam transmitidos ao cérebro”, reforça, lembrando que “o paciente começa a ter uma sensação agradável, pois esse método inibe a dor”.
Quais são os benefícios da neuroestimulação medular?
- Redução significativa e duradoura da dor na região;
- Melhora na capacidade da realização de atividades diárias;
- Redução do uso de medicações para dor;
- O tratamento é reversível e não causa lesão de estruturas neurológicas. Assim, o mesmo pode ser desligado ou removido se necessário;
- O paciente recebe um controle remoto e pode ajustar a intensidade do estímulo de acordo com a sua dor. Este aumento de estímulo é seguro, pois é previamente ajustado pelo médico assistente.
- Não impede que outros tipos de tratamento para dor possam ser feitos concomitantemente, se requeridos.
Por: Dr. Jose Marcus Rotta
Diretor do Serviço de Neurocirurgia IAMSPE - São Paulo
Diretor do Centro de Neuro Oncologia – SP
Presidente do Conselho Editorial Brazilian Neurosurgery
Presidente do Conselho Deliberativo da SBN
Past Presidente FLANC
Past Presidente SBN
Presidente do Conselho Deliberativo da AACC
Membro do Conselho Deliberativo da Academia Brasileira de Neurocirurgia
Presidente Emérito do Capitulo de Neuro-Oncologia da FLANC
FIRST WINNER RAYMOND SAWAYA AWARD